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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Repúdio aos indecentes, apoio a todos que lutam contra esta sujeira.


Ao ler as notas tanto da RBS, quanto, e principalmente, a oficial da 17°DP, chega-se a triste conclusão de que o sentido das coisas está invertido. Morte virou vida e o direito de se expressar virou bandidagem. De acordo com os órgãos jurídicos quem atira e mata um ser humano está agindo de acordo com as leis, pois defende o capital; quem protesta, pede justiça é fora da lei, bandido de alta periculosidade, formador de quadrilha.
E assim o estado vai legitimando as práticas de roubo do dinheiro público e a falta de clareza na prestação de contas; as impunidades destes que estão no alto escalão da sociedade e poderes concedidos pelo próprio povo, somente os prejudicam. Matar os menos favorecidos de fome, de falta de acesso à saúde pública decente; de negligenciar as escolas em todos os níveis e que deveria abranger todas as classes, e ser também pública e de qualidade, já é visto como pratica normal de todos os governos, se o estado investe ou não o povo nem reclama; e o judiciário não pune esses governos de acordo com as leis existentes que condena este tipo de ato e descaso com o povo.
Agora, quando o povo organizado se levanta, tenta se expressar, se defender de alguma forma de tanta injustiça e impunidade, são enquadrados nas mais duras leis do estado, da federação, união e todas outras em que podem se apoiar para provar a inconstitucionalidade dos atos bárbaros e fora da lei desta “horda” que de alguma forma ameaçou a ordem vigente do caos e da morte que eles insistem em chamar de Estado. E assim somos vistos, julgados, queimados nas fogueiras da mídia e na maioria das vezes condenados pelos nossos atos de simplesmente contestar.
O restante do povo assiste em praça pública esta condenação, as aceita por não conhecer outra forma de organização, de governo, mas até quando? Até quando aceitaremos, amordaçados, esta situação de inversão da lógica humana; do patrolamento dos direitos humanos e principalmente da liberdade? Um sábio escritor comentou sobre o descaso do homem para com o próprio homem, e escreveu assim: “Na primeira noite, eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Ate que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada”. E Maiakóvski no seu tempo já nos alertou que não importa se é a Federação Anarquista Gaúcha (FAG) que é invadida e tem todo seu material aprendido pra averiguação, ou se é um trabalhador sem terra que é morto pela força militar do estado com um tiro nas costas, amanhã pode ser qualquer um de nós, de vocês.

“Para cada um que eles tentam silenciar, serão mais três a se levantar”.

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