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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

NÃO VAMOS DEIXAR QUE ACABEM COM A ARTE POPULAR DE RUA!!


É isso aí povo rueiro!!

Mandamos ver na avenida, falamos tudo até de boca fechada!


Pra quem tava fica a alegria de manifestação cumprida e bem feita, com a beleza e as cores que nos caracterizam enquanto mambembes, palhaços, teatreiros, bonequeiros, revoltados, arruaceiros...Com direito a boa música com o maestro Mauro, Saulo, Paulo, regência de Zé da Terreira e uma bela banda improvisada.

Pra quem não pode ir fica o relato. Os manifestantes tomaram as ruas espalhando o lúdico pelos paralelepipidos dos Andradas, Marechal Floriano Peixoto, 7 Setembro, Borges de Medeiros até a Prefeitura da cidade; andando pelas ruas com a boca 'amordaçada' e 'revoltados' com as proibições que estão acontecendo nas praças, parques, esquinas do Brasil, em protesto nos rebelamos com os papeis e dizemos: "Abaixo às autorizações e ao pagamento de espaços públicos que são nossos espaços, pertencentes ao povo!!

Arrancamos dos transeuntes sorrisos aliviados por perceberem que não se tratava de uma manifestação partidária nessa época de eleição: - inclusive, pouco antes tinha passado um mulambo de trabalhadores fazendo propaganda massiva para o tal Cláudio Janta, com direito a batucada, fazendo uma parada na Esquina Democrática que nos obrigou a um desvio para não nos misturarmos com a politicagem.


No caminho fizemos algumas paradas para deixar ciente as pessoas do porquê da manifestação, lendo alguns tópicos que decidimos ser importantes:

Nos apresentamos: - A Rede Brasileira de Teatro de Rua criada em março de 2007, em Salvador/BA, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os artistas-trabalhadores e grupos pertencentes a ela podem e devem ser seus articuladores.


Pautas:
Contribuir para o desenvolvimento do fazer teatral de rua no Brasil e na América Latina;


Lutar por políticas públicas culturais com investimento direto do Estado;


A criação de programas de ocupação de propriedades públicas ociosas,


Extinção da Lei que permite a isenção fiscal, a Lei Rouanet;Que os espaços públicos (ruas, praças, parques, entre outros), sejam considerados equipamentos culturais;


A extinção de todas e quaisquer cobrança de taxas, bem como a desburocratização para as apresentações de artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins, garantindo assim o direito de ir e vir e a livre expressão artística, em conformidade com o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira;


Reafirmar a necessidade de uma nova ordem por um mundo socialmente justo e igualitário;


Entre outras reivindicações.


Na frente do Prefeitura fizemos nova leitura das pautas, cantamos o "funk do Brecht":


"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.


É da empresa privada o seu passo em frente,


seu pão e seu salário. E agora não contente querem


privatizar o conhecimento, a sabedoria,


o pensamento, que só à humanidade pertence."

E libertados das mordaças com a mesma festa reivindicadora da ida, voltamos para a Cia de Arte onde nos despedimos.

VIVA O TEATRO DE RUA?!


VIVA!!!


Vamoquevamoteatroderuanãopodeparar!

Kacau (Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA...)

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