Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA...: trabalha desde 2008 em Porto Alegre com Teatro de Rua, Teatro de Vivência e Intervenções Cênicas. Com forte engajamento com movimentos sociais, o grupo coloca na sua estética e linguagem a discussão política sobre questões atuais e pertinentes ao contexto social contemporâneo, fazendo da arte uma ferramenta de discussão social. Ao todo o grupo realizou dezenas de intervenções cênicas e a montagem de dez espetáculos. levantafavela@hotmail.com
segunda-feira, 14 de junho de 2010
A CAMBADA DE TEATRO EM AÇÃO DIRETA LEVANTA FAVELA APÓIA A LUTA DOS MORADORES DO MORRO SANTA TERESA E DEFENDE A VIDA E A NATUREZA ACIMA DO LUCRO!!
JUVENTUDE EM LUTA DEFENDENDO A VIDA
Neste dia 8 de Junho, 400 jovens de diferentes comunidades, do campo e da cidade ousaram sair às ruas e lutar por um direito elementar que nos foi seqüestrado. Ousaram lutar pelo direito ao Futuro. Direito este ameaçado pela crise ambiental que se aproxima e que coloca em cheque a sobrevivência da humanidade. Ousaram lutar por um mundo que seja fonte de vida para homens, mulheres e para a natureza e não apenas fonte de lucro para as grandes empresas.
A concentração da marcha foi feita às 8h30 na Usina do Gasômetro. O local, em frente ao Rio Guaíba, foi escolhido por ser um símbolo da poluição e da capacidade destrutiva deste modelo de sociedade irracional, que contamina a própria água que consome. Antes do início da marcha, os jovens assistiram à apresentação teatral Lágrimas da Aracruz, encenada pelo grupo Levanta Favela.
A caminhada tomou conta da Avenida Loureiro da Silva com muita animação, rumando em direção à Secretaria de Educação, onde os alunos das escolas presentes levaram uma carta de reivindicações à secretaria.
Subindo a Borges, a marcha dos jovens protagonizou a teatralização de um conflito entre dois blocos. O Bloco da Morte formado por caveiras simbolizando o destino da humanidade caso ela continue a serviço das grandes empresas. E o Bloco da Vida representado pela Juventude organizada na Banda Loka do Levante.
Chegando à Praça da Matriz a marcha em defesa da Vida, se solidarizou à manifestação dos moradores do Morro Santa Teresa, que lutam pelo direito de permanecer morando no Morro. A pressão popular era para a retirada do projeto prevê a venda de 74 hectares do Morro, e que terá como conseqüência o despejo de 20 mil moradores, e destruição da área de uma área de preservação ambiental. O projeto que iria a votação foi adiado para esta quarta-feira.
No fim da manhã, diante da Assembléia Legislativa, foi instaurada uma Assembléia Popular, em que o povo condenou os projetos defendidos pelo Governo do Estado.
Este dia 8 de Junho foi um marco da Assembléia Popular da Juventude, espaço que articula as juventudes dos Movimentos Sociais do Campo e da Cidade. O dia 8 de Junho foi antes de tudo, um marco inicial para a construção de uma alternativa de sociedade justa, igualitária e sustentável. (Texto: Levante Popular da Juventude: http://levantepopulardajuventude.blogspot.com/ )
(Foto:Eduardo Seidl)
E NESTA QUARTA FEIRA, DIA 16 DE JUNHO, VAI SER VOTADO NOVAMENTE O PROJETO "PL388" DE VENDA DO TERRENO DA FASE. OS MORADORES VÃO SE MOBILIZAR EM FRENTE À ASSEMBLÉIA ONDE ESTARÁ OCORRENDO A VOTAÇÃO, PARA PROTESTAREM CONTRA O PROJETO. VAMOS APOIAR ESSE POVO QUE TEM O DIREITO À MORADIA E DEFENDER A NOSSA NATUREZA E LUTAR PARA NÃO DEIXAR QUE ENTREGUEM A NOSSA CIDADE NAS MÃOS DOS INTERESSES DOS EMPRESÁRIOS!
O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM PORTO ALEGRE: Terreno da Fase é patrimônio ambiental e deve ser preservado
"(...)é importante que se crie uma verdadeira campanha para impedir que o governo estadual consiga a autorização para alienar ou permutar o terreno da Fase, de 74 hectares , na frente do Beira-Rio.
O terreno conta com diversas espécies protegidas, tem nascentes, é um verdadeiro patrimônio ambiental, que o governo Yeda vem sumariamente proibindo os funcionários de divulgar. Pesquisadores da Fundação Zoobotânica fizeram um levantamento ambiental que recomenda a preservação da área, mas foram proibidos de levar a público os dados coletados. É a última área em Porto Alegre que ainda tem vegetação característica da região, com resquícios de Pampa.
No terreno ainda há prédios bastante antigos, considerados patrimônio histórico de Porto Alegre. Mais de 10 mil pessoas - as estimativas vão de 10 mil a 20 mil - vivem no local, algumas há mais de 40 anos.
Fora que não dá pra vender o terreno, praticamente dar de presente, por um valor muito abaixo do real(...)" (Cristina Pasqualetto Rodrigues, jornalista, mais conhecida como Cris Rodrigues.)
"Alguns devem ter ouvido falar de um projeto chamado "Descentralização da FASE" (FASE é a antiga FEBEM). Pois bem, do pouco que se noticiou, trata-se de mudar o endereço das instalações da FASE, que atualmente se encontram na Av. Padre Cacique, próximo ao Estádio Beira-Rio.
O que não foi dito é que aquela área se extende por um terreno de 74 hectares , sendo boa parte dele com mata nativa. O terreno tem um preço estimado atual (se fosse possível vendê-lo, claro!) de R$ 170 milhões. Só esse preço já nos faz pensar como já fomos roubados no terreno do antigo Estaleiro Só, que foi vendido por apenas R$ 7 milhões... Contudo, isso é outro assunto... Voltando, o citado projeto tem por intenção a PERMUTA do terreno da FASE (de propriedade do Estado do Rio Grande do Sul) por nove terrenos espalhados pela região periférica de Porto Alegre, onde, de acordo com o projeto, seriam construídas as novas instalações da FASE. A empresa beneficiária do projeto se chama MAIOJAMA, que tem como grandes sócios a família Syrotsky (dona do Grupo RBS). Resumindo: a construtora trocaria uma área de 74 hectares no coração de Porto Alegre, numa das áreas mais nobres, verdes e valorizadas da cidade (com perspectiva de valorização ainda maior, vide a Copa do Mundo do Brasil em 2014), por nove terrenos periféricos da cidade a sua escolha. ELA NÃO PAGARIA UM CENTAVO SEQUER PELA ÁREA (R$ 170 MILHÕES ESTIMADOS) !!
Se isso não bastasse, foi votado recentemente (e curiosamente no mesmo momento!) o Plano Diretor de Porto Alegre, no qual o índice construtivo naquela área passou de 1,0 para 1,9. O que quer dizer, grosseiramente para quem não entende bem disso, que se pode construir infinitamente mais no mesmo espaço(...)" (Guilherme Jaquet)
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