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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O Teatro como um instrumento da luta do povo:


AGITPROP
Junção de palavras formada pela abreviatura de agitação e propaganda, geralmente aplicado à campanha de propaganda político-cultural realizada na Rússia, depois da Revolução de 1917. Concretamente, o Partido Comunista Soviético criou em 1920 um Departamento de Agitação e Propaganda, que era parte do Secretariado do Comité Central, que tinha por missão usar a arte como uma arma revolucionária num País degradado pela guerra e marcado pela iliteracia.
O termo também é aplicável ao tipo de teatro didáctico a que essa campanha recorreu, que por exemplo terá influenciado alguns autores alemães como o dramaturgo Brecht e o produtor Piscator (na Alemanha, esta influência durou apenas até à ditadura nazi, que a silenciou), em resultado da expansão cultural do comunismo soviético nos países de Leste. Pelas suas pretensões populistas, o drama agitprop era visto como uma vacina contra o drama burguês.
A partir da década de 60, todo o teatro que tende a sobrepor a ideologia à sua representação estética acaba por ser conotado com a doutrina agitprop
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domingo, 4 de outubro de 2009

"Levanta FavelA...!"



A Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA... iniciou suas atividades em 2008 com uma intervenção cênica de denúncia aos doze anos de impunidade do massacre de Eldorado dos Carajás. Durante esse ano, participou da ocupação urbana chamada de "Casa Rosa". Organizou, então, a Oficina de Teatro em Ação Direta, com a proposta de criação de intervenções cênicas. Seguindo a linha do teatro de Agitação e Propaganda,montou o "Manifesto por uma Educação Libertária", intervenção, por vezes, reprimida pelas forças policiais do Estado. Na sequência, criou "Dona Maria",intervenção que teve sua protagonista, uma boneca gigante, presa e danificada pela polícia!, e "O Direito de Comer Direito" em parceria com os Trabalhadores Rurais Sem Terra. Nos quarenta anos de edição do ato institicional nº5 (AI-5), estreou seu primeiro espetáculo de rua, "O Canto da Terra", trazendo a público a história dos massacres no Pará, desde a guerrilha do Araguaia até o massacre de Carajás. Em Janeiro de 2009, a Cambada deu início à oficina de teatro de rua, em uma sala no Centro Cultural Companhia de Arte, alugada com recursos dos próprios integrantes,obtidos de seus trabalhos assalariados. Ao completar um ano de atividades,a Cambada firma parceria com a Comunidade Autônoma Utopia e Luta, e passa a trabalhar no Quilombo das Artes, onde dá continuidade à Oficinade Teatro em Ação Direta.. A Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA... é um grupo anarquista: sem pátria, sem patrão, sem patrocínio.