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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dialógos na Esquina: Ato pela Arte Livre de Rua

A CAMBADA DE TEATRO LEVANTA FAVELA CONVIDA:
DIÁLOGOS NA ESQUINA
O ESPETÁCULO "ARVÓRE EM FOGO"...
NAS "BARBAS" DA FEIRA DO LIVRO DE POA. - 
NOSSA MEMÓRIA NÃO ESQUECE. CONTRA A REPRESSÃO AOS ARTISTAS POPULARES.
DIA 15/11 AS 17HS NAS VOLTAS DA FEIRA DO LIVRO. VAMOS DAR UM BASTA A ESSA CENSURA!
AÇÃO DIRETA É A ARMA QUE NOS TEMOS...

2ª Feira do Livro Anarquista de 11 a14 de Novembro!!!

Agressão policial na Feira do Livro de Porto Alegre

Feira do Livro PSEUDO cultura e REPRESSÃO
Nesta segunda-feira, dia 7 de novembro, aconteceu mais um ato de repressão e agressão na Feira do Livro de Porto Alegre. Durante uma entrevista no estande da RBS, um jovem manifestou-se em público reivindicando a veracidade e a qualidade dos temas abordados e a falta de crítica do público que aplaudia. A polícia militar interviu de modo agressivo e o jovem teve seu braço fraturado. E não ocorreu algo pior porque os policiais foram pressionados por cidadãos CRITICOS QUE INTERVIRAM FILMANDO E CHAMANDO TODOS A SE MANIFESTAREM, A QUESTIONAREM OS POLICIAIS.

Fale mal da RBS, sendo verdade ou não, e seu braço será quebrado instantaneamente!!

Não é a primeira vez que isso ocorre na Feira do Livro. Em 2010, vi uma artesã ser agredida por policiais e seus trabalhos quebrados e “levados” pela SMIC, pois ela estava expondo muito perto das bancas de livros. Assim também foi, no mesmo ano, com Telma Scherer, poeta e performer que durante uma intervenção teatral no centro da Feira foi levada a força por policiais, colocada na viatura da Brigada Militar e acusada de INSANIDADE MENTAL. Telma viveu momentos de humilhação e terror por que ela expôs a realidade social de artistas que tentam sobreviver da literatura, enquanto a grande mídia venera seus escritores eleitos como estetas e ignora, na maioria das vezes, obras que oferecem um olhar crítico e diferenciado, muito além do que Crepúsculos ou qualquer outra saga de besteirol juvenil.

QUE CULTURA É ESSA QUE COIBE A EXPRESSÃO, EM QUE QUALQUER PENSAMENTO CONTRÁRIO À LÓGICA CAPITALISTA E ALIENANTE DE MERCADO LEVA À AGRESSÃO???

A CULTURA que está sendo VENDIDA na Feira do Livro de Porto Alegre e o culto aos best sellers, os mais vendidos, os BESTAS CÉLEBRES, a biografia do Steve Jobs, grande empresário que morreu de câncer - de tanto ficar na frente do computador e acumular dinheiro de certo; a Marta Medeiros com uma capinha de mulher nua, doida e santa, como se fosse feminista, e vendendo o corpo da mulher como uma SEXISTA MACHISTINHA. Um monte de besteiras RASAS que enche os bolsos da INDUSTRIA CULTURAL: fábrica de livros, editoras, livrarias, lojas, mídia, e escritores meia-boca e até mesmo algumas vezes MEDIOCRES que em vez de produzirem o alimento cultural do povo, vomitam a mesma baboseira todos os anos com a capa mais moderna.

Tem outras coisas também, claro que pode acontecer na Feira do Livro. Você encontra com a vizinha, leva o tio pra passear, encontra um livro interessante, paga, compra, lê... Até que vale a pena né? E enquanto isso o seu IRMÃO QUE NÃO AGUENTOU FICAR CALADO CONSERTA O BRAÇO que foi QUEBRADO para garantir a continuidade da MEDIOCRIDADE E DOS LUCROS.

Até quando essa DITADURA DISFARÇADA vai continuar???


Grupo Autônomo de Imprensa BLS- Boca Livre Semcensura.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

PENSAMENTO QUE NÃO SE TRANSFORMA EM AÇÃO ENVENENA A ALMA!!


  Ingressos a venda na bilheteria do teatro 1h antes da apresentação

                                 NO  TEATRO  DA  CIA  DE  ARTE
                                 Rua dos Andradas, 1780 - Centro.
                                 SEMPRE AS 21 HORAS
                               *Somente 25 ingressos por apresentação
                                            Inteiro R$ 20,00
                                            Meia entrada R$ 10,00

Graphis Porto Alegre

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

...MAIS UM ANO A REPRESSÃO AOS ARTISTAS DE RUA ACOMPANHA O EVENTO DA FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE.

"(...)Estávamos eu e meu marido tocando no lugar de sempre na Andradas ali na frente da Americanas, fazendo nosso trabalho honesto. Estava cheio de gente por causa da feira do livro, nisso chegam dois homens que não quiseram se identificar, mas eu vi que eles estavam com o crachá por dentro da camisa da Smic, a kombi da Smic sempre passa por ali e nem nos dá bola, nunca nos incomodaram. Então, eles começaram a gritar conosco dizendo que a rua não era pública que era pra desmontármos tudo e irmos embora. Eu com toda a educação disse que tocávamos ali há 3 anos e nunca tivemos problema, mas que tudo bem, que iríamos ir ali mais pro lado da praça da Alfândega então. Nisso eles disseram que eles não nos autorizavam a tocar lá também e começaram a nos chamar de mentirosos que nunca tinham nos visto ali antes e que iam nos prender. Eu pedi pra ele não gritar que nós não éramos marginais, que estávamos apenas ali fazendo nosso trabalho e que se alguma coisa estava irregular, que eles nos orientassem dizendo o que precisávamos fazer. E eles continuaram ironizando, dizendo que éramos mentirosos, que nunca passava kombi deles ali e que se nós estávamos achando ruim, que nós fossemos nos queixar com o prefeito. Começamos a desmontar as coisas e eu pedi os nomes dele, e eles não quiseram me dar. Resumo: Esse toque de hoje e de amanhã seria o que nos manteria na semana, agora estou com medo de voltar lá, isso sem contar o constrangimento de duas pessoas que nem se identificar queriam nos chamando de mentirosos e nos tratando como se fossemos bandidos perante uma multidão que estava ali feliz e fazendo pedidos musicais. Estamos nos sentindo como uns lixos, por que isso? Porque somos músicos? Porque somos rockeiros? É crime isso, tocar rock e deixar as pessoas que estão passando mais felizes?(...)"



Aline Love e Carlos Vinícius (Porto Alegre, 29/10/2011)